terça-feira, 17 de novembro de 2009

PORTAL CASEIRO PARA O INFERNO

Cuidado ao dormir com espelhos no seu quarto. O espelho nunca deve refletir quem está dormindo, mas isso não é nada perto da realidade. Ninguém pode imaginar o que tem do outro lado...

“No quarto, o espelho NUNCA deve refletir quem está dormindo.”, dizia a reportagem que ele estava lendo no tédio escuro e gelado do ônibus de volta pra casa. Desdenhou. Desdenhou como uma criança desdenha da outra, só porque acha que é melhor do eu o seu, mas não pode admitir isso.

As horas passam por ele como quem atravessa uma vidraça. E aquele pensamento o consumia por dentro: “(...) o espelho NUNCA deve refletir quem está dormindo.” – Meu Deus! Mas será porque isso? Parece até filme de terror, credo! – exclamou o assustado e desapontado rapaz, enquanto revirava seu medo em seu estômago.

A comida pela qual ele esperou a viagem inteira, ou quem sabe até o dia inteiro, já não tinha mais o mesmo gosto... nem o mesmo interesse pra ele.

Nem suas roupas tirou, acho que para não perturbar a paz de... do... melhor deixar isso tudo pra lá.

De repente, uma idéia o consumia: a de que o espelho seria SIM uma espécie portal para o mundo espiritual. – por que não seria assim? Pode ser. – conversava consigo mesmo o garoto, à espera talvez, de que alguma resposta lhe viesse de volta.

Nada!

Apenas silêncio!

O som das horas do relógio na cozinha o enlouquece, enquanto seu espírito entrava numa espécie de transe e passasse seu estado ao de um sonâmbulo, sonhando e vivendo tudo aquilo desesperadamente. Seu espírito se vê dormindo em sua própria cama e de seu corpo, fluía o seu espírito. Este o deixava como que se estivesse sendo forçado a entrar... mas logo em seguida, ele acordava. Sonhava acordado todos os segundos que se prolongaram diante de seus olhos.

Por fim, a hora derradeira: o sono!

Deitou-se meio que se forças mais para lutar contra seus pensamentos e ajeitou-se no lençóis. Fechou os olhos e respirou fundo. Como se fosse o último suspiro dentro de alguém.

Sonhou! Sonhou como nunca lembrava de ter sonhado e percebeu uma coisa: que na verdade, ele não “lembrava” mais seus sonhos, mas sim que estes o acompanhavam durante o pesado dia.

Percebeu também que na verdade, ele não era puxado por um portal, mas sim, que ele o buscava, ávido por encontrar lá dentro, um pouco de paz. O máximo que podiam fazer para ele era dar dicas de como ele, e somente ele, poderia resolver aqueles assuntos, e tentaram ficar lembrando de todos a ele. Daí sua rebeldia com seus pensamentos.

Tentou mais uma vez. Voltou a dormir... dessa vez, o sonho não foi muito agradável. Ele podia dizer isso tranquilamente, afinal de conta, ele estava ferido no braço. Trouxe essa lembrança com ele.

Aquilo o aterrorizou. Acordou em meio a gritos e decidiu que não dormiria mais naquele quarto enquanto o espelho não fosse retirado de lá durante o dia. Inútil!

Quando já não havia mais nada para ele fazer e se ocupar para esquecer, ele resolveu registra, de alguma forma, aquilo que estava acontecendo com ele. Para que servisse de exemplo para alguém no futuro.

E as horas quase param, num ecoar grave dentro de casa. Somente na minha cabeça.

Agora já não restam mais nem o bolo que jazia quieto na mesa da copa. Os cigarros já não são suficientes para fazê-lo suportar a espera pelo amanhecer. Se deixa levar pelo sono, inconscientemente.

Agora minhas aos escrevem essa história quase que mecanicamente... mal consigo manter meus olhos abertos... o espelho ganha um destaque na escuridão, um brilho estranho agora... e... e... eu... eu tenho que ir... tenho que ir...


Imagem: www.garimpandopoesia.blogspot.com

sábado, 14 de novembro de 2009










Não sei bem como começou...

11 de novembro de 2009


Foi tudo realmente muito estranho e rápido!

Comecei num lugar estranho, de praia, que lembrava muito o lugar onde moro hoje. Por alguma razão, conheci um rapaz com problemas mentais... cuidava dele no lugar onde ele vivia e o fazia com ajuda de uma Dra, de quem não me lembro o nome agora. Talvez nem mesmo o soubesse na ocasião.

Também conhecia uma garota, de cabelos meio castanho-claros, novinha, tipo da minha idade ou bem próximo. Estudávamos juntos não sei onde, mas era um cursinho desses que fazemos avulso, como um cursinho técnico ou de informática.

Houve uma vez em que, não me perguntem como, conheci um ator que meu irmão, Júnior, gosta muito, Silvester Stallone, o Rambo. Sim, eu sei. Isso é loucura! Mas nos sonhos, sabemos que tudo é possível. De alguma forma, aquilo tudo me parecia fazer tanto sentido que não procurei fundamentos em nada. Apenas me deixei levar pelos acontecimentos.

De alguma forma que eu não sei realmente como explicar, chamei meu irmão (e ele veio, apesar de tudo que já houve nesse meio-tempo) para conhecer seu ídolo.

Foi tudo ótimo! Conversamos sobre quase tudo, sobre nossas coisas, nossas derrotas e nossas conquistas. Falamos do passado... pensamos um pouco sobre tudo o que ocorreu, em como as coisas poderiam ter sido diferente e talvez até mais fáceis. Aquela melancolia linda e “batida”. O típico descontentamento com o passado, o incrível despertar dos arrependidos. É fascinante, em determinados momentos, como temos a capacidade de errar só para ter do que se lamentar depois, mesmo que isso ocorra de forma inconsciente.

Depois de uma longa caminhada e muita conversa com o nosso Silvester Stallone, retornamos para casa. Mas onde é essa casa...?

Nos sonhos, como já foi dito, tudo faz sentido. Nada é estranho ou anormal.


As conversas foram em inglês, língua nativa do nosso astro, que mesmo com alguma dificuldade, conseguimos levar adiante. Foi divertido conversar com ele.

Na volta para casa, mostrei a Júnior minha motinha nova. Uma moto meio velhinha, mas muito boa. Ainda não tive a oportunidade de usá-la devido a sua situação, mas isso não vem ao caso agora.

Em casa, procurei feito um louco por um de seus filmes, mas nada me fazia encontrá-lo. Queria poder dar de presente a meu irmão, o DVD de seu ídolo autografado, mas não consegui. Cheguei a falar com Júnior – não to conseguindo achar seu DVD do Rambo que eu roubei! – risos.

No caminho de volta, pegamos a moto e fui mostrar para ele. Levamos a moto conosco até certo ponto, um lugar bem próximo à praia, quase em frente a uma oficina. Encontrei com a Dra de quem falei há pouco. Ela tinha uma filhinha que adorou a moto e até comentou que gostaria muito de tê-la um dia. Todos riram e elas se foram.

Depois de algum tempo, percebemos que nosso astro não passava de um dos pacientes da clínica e que se parecia muito com o verdadeiro astro e falava muito bem o inglês, que aprendeu sozinho.

Foram momentos de muitas risadas e felicidade, como não me lembrava mais de ter tido um desses com meu irmão.

Caminhamos mais um pouco e ele seguiu seu caminho de volta para clínica. A Dra já havia deixado o local também, mas como disse antes, ela morava com a filha bem perto dali, na praia.

Agora não me recordo como nem quando, mas lembro de ter deixado meu irmão, ainda quando estávamos com nosso amigo da clínica, em casa com mamãe. Me lembro de ter ficado preocupado com a reação dos dois a se encontrarem depois de tanto tempo de separação, mas me surpreendi com o que vi. Foram segundos de susto, arrebatação e contentamento. Um momento memorável e bem fácil de se lembrar para sempre.

Depois disso, me lembro de ter voltado à rua, naquele mesmo ponto perto da praia, sozinho, para testar um pouco a moto antes de deixá-la na oficina. Liguei. Dei a partida e ela deu um solavanco, saindo sozinha, desgovernada e acelerada pela rua. Eu fiquei caído, apenas com alguns arranhões, morrendo de medo de alguém se machucar e também, confesso, com um pouco de vergonha do tombo que havia levado.

Saí correndo feito um louco maratonista atrás da bendita moto e fui parar na praia.

Nem sabia como encontrar a moto. O tempo foi passando e eu fui ficando cada vez mais preocupado com o que poderia ter acontecido com os outros e comigo também, afinal, claro que seria responsabilizado por qualquer coisa que acontecesse.

Lembro de ver várias pessoas correndo atrás da moto também, para pará-la e eu até me senti aliviado nessa hora.

Entrei em algumas casas que davam acesso à praia perguntando se alguém a havia visto, mas ninguém me respondia nada. Acabei encontrando com a minha amiga, a Dra de quem já falei e ela também se empenhou em me ajudar. Sua filha, que devia ter uns 7 anos ficou me olhando assustada, mas com alguma coisa no olhar que ainda não sei determinar o que era. Havia alguma coisa a mais naquele olhar. Não era apenas susto ou medo. Era algo mais.

Foi então que eu me peguei rogando a Deus por uma ajuda, uma luz. Não sei explicar o que senti naquele momento. Foi algo muito intenso, que me afeta até agora. Nesse momento em que escrevo essas palavras, o sentimento me toma por completo de novo. Me vejo novamente naquele instante, naquele momento.

Em menos de um segundo, já havia em mim a certeza de uma coisa. Algo que prefiro não comentar agora, mas senti uma presença.

Havia acabado de perguntar a dois ou três senhores que bebiam e conversavam ali e eles também não tinham uma resposta positiva para me dar. Viraram-se e continuaram com seu “happy-hour”.

Foi aí que tudo se deu.

Senti uma presença muito forte e boa ao mesmo tempo. Um conforto. Um acalento.

Me virei e vi minha mãe e meu irmão, juntos, meio que flutuando no espaço vazio da minha visão, ou seja lá como for. Entre estranhar aquilo e sentir alívio, não consegui pronunciar uma só palavra, mas não era necessário. Os dois sorriam para mim, felizes e calmos. Tenros como um bebê recém-nascido, e minha mãe veio a mim, me tocou de leve o ombro direito, com seus dedos longos e magros, suas unhas grandes e seus anéis que a enfeitavam ainda mais.

Realmente, não precisava dizer nada. Seu olhar já me respondia tudo, mas mesmo assim, entendendo minha situação “humana”, ela me disse: - Vi, procura na casa do médico. Está embaixo do carro vermelho.

Na hora eu não entendi e isso também já não era mais importante do que o que eu estava vendo naquele momento. E eu indaguei: - Não me diga que vocês...?

E ela, ternamente me respondeu: - não. Ainda não fiz minha escolha.

O mais intrigante de tudo isso era ver meu irmão ao seu lado, com aquele meio-sorriso de quem está em paz e feliz consigo mesmo. Não posso negar o conforto que aquilo me passou.

Ela insistiu que eu deveria voltar pelo mesmo caminho que já havia feito, mas para quê, se eu já havia estado lá e não conseguira nada? Voltei mesmo assim.

Encontrei com a minha amiga Dra e contei a ela que deveria procurar, debaixo de uma carro vermelho de médico. E ela, como quem cai em si mesmo, me disse que sabia exatamente como deveria agir, e assim o fez. Me indicou o caminho do tal carro vermelho e desapareceu por alguns instantes, retornando com um ou dois homens, não me lembro bem agora. Eu estava atrás do carro e os senhores estavam em frente a ele, empurrando-o.

Para minha surpresa, lá estava a moto. A retiramos de lá, felizes e realizados por não ter havido nenhum ferido, foi quando sua filhinha veio ao lado dela, confessando ter escondido com ajuda não sei de quem, a moto, para que fosse “dela”. Coisa de criança, fazer o que?

Deixei a casa e me voltei para meus pensamentos. Minha mãe e meu irmão estavam, enfim, em paz. Haviam feito a passagem. imaginei que talvez tivessem ingerido algum tipo de veneno ou sei lá o quê. Tentei, em meu sonho, na minha imaginação, criar uma explicação lógica para a única coisa que não segue nem lógica nem regras. Apenas ocorre.

Acordei desse sonho desesperado, e isso era real. Real demais para mim, talvez. Corri para o quarto de mamãe e lá estava ela, deitada. Quase morri nessa hora, nem preciso dizer qual foi o meu susto ao vê-la estendida lá na cama.

Sabia que já havia chegado seu momento. Percebi que era forte o bastante para suportar aquilo tudo, naquele momento e que precisava sê-lo. Mas só naquele momento. Sabia que depois que tudo passasse, que eu cairia. – tive a graça de vê-los uma última vez, felizes e bem, e ainda por cima, me ajudaram a encontrar o caminho certo. foi sua forma de se despedirem de mim. Me ajudando. Ambos.

Para minha surpresa, ao me ver na porta do seu quarto, minha mãe levantou devagarzinho a cabeça e disse meu nome: -Vi? Ta tudo bem?

Não tive como evitar que as lágrimas tomassem meu rosto e a emoção, meu corpo e minha alma.

Senti um alívio muito grande. Me joguei ao seu colo, que me acolheu como um recém-nascido e me confortou, sempre repetindo: - calma, tudo não passou de um sonho. Foi só um sonho! Já acabou, agora você ta bem, pode ficar tranqüilo. Nunca vi um sonho te afetar tanto assim antes, o que houve?

O que houve? Ela nunca saberá. Pelo menos, não por mim. Mas para mim, serviu como uma grande lição. Me mostrou o quão grande é o amor. E o quanto ele pode confortar, nessa ou em qualquer outra vida.

Seja em sonho ou não, o amor, realmente, sempre vence!

sábado, 26 de setembro de 2009

A Descoberta de Marli - Parte III - Messias ou anti-Cristo?




No último capítulo de A Descoberta de Marli:

"- Eu sei o que você é e sei que tem alguma coisa a ver com aquele monstro!
Nesse momento, Jonas solta o braço de Marli, num ato como se aceitasse o que Marli lhe disse e entra em casa de cabeça baixa. Marli não consegue se controlar e segue Jonas.
Na sala, Jonas com as mãos na cabeça, chorando, diz à Marli:
- Você quer saber mesmo a verdade? Muito bem! Vamos a ela."

Era outono no ano de 1973 quando nasceu uma garotinha muito especial. Principalmente para seu pai, o sargento Fontes. Marli sempre teve tudo que precisava e queria. Era amada seu pai fazia de tudo para atendê-la. Sua mãe morrera no parto, teve umas complicações e não resistiu.

Tudo ia bem, até que Marli completou 17 anos. Na véspera de seu aniversário, Marli acordou de madrugada e foi até a cozinha comer alguma coisa. Ao olhar pra fora, viu a coisa mais tenebrosa que já imaginara na sua vida: um monstro ou algo assim, idolatrando o infinito noturno... uma linda valsa de terror encenada bem diante de seus olhos. Sem resistir aquilo, Marli fugiu. Nunca mais vira seu pai, mas desde então, percebera que havia algo de errado também com ela. A fome constante com a qual teve que aprender a lidar, o desejo de vingança que ficava cada vez mais forte, a cada novo luar... o cheiro de carne e o cheiro dos humanos que a enfeitiçavam durante a noite... tudo isso foi se tornando abstrato para ela, que conseguiu superar seu destino. Pelo menos até conhecer Jonas, com que veio a se casar. Jonas, um cara calmo, tranquilo e muito carinhoso, sempre disposto a fazer qualquer coisa por Marli.

Certa vez, Jonas ao sair do trabalho, foi parado por um homem, mais velho que ele que o convidou para uma volta. A medida que ia ficando mais tarde, a conversa ficava ainda melhor. Foi então que Jonas soube que era seu sogro quem estava com ele. O sargento lhe contou quase tudo sobre sua vida e sua relação com Marli, incluindo o fato deles não se falarem mais há anos.

Jonas não entendia era por que aquele homem tão divertido e amigo, não dizia pra ele o motivo da separação com sua filha e fugia da mesma forma que ela, dizendo que não deveria revirar o passado.

Entretando, o sargento revelou ao seu genro de sua condição física que não ia bem, e que sabia que estava chegando sua hora. Assim, acabou por revelar seu maior segredo, sua maior verdade: ele era descendente de um antigo clã de lobisomens. Sua família o teria matado se ele não o fizesse antes, e ele o fez...

Todos os outros de sua espécie também haviam morrido, só restava ele. Era a profecia. Quando um servo do mal resta sozinho na Terra, o céu envia um sinal de luz... nunca ninguém imaginou como seria isso, ou mesmo que tão logo aconteceria essa batalha silenciosa entre os dois mundos, mas o destino, ele não se permite ser controlado. Ele existe para manter o equilíbrio entre as forças naturais e garantir a justiça na Terra.

Nesse momento, o sargento soube de que forma esse sinal viria. Era o messias que retornava à Terra, pouco mais de dois mil anos depois de a última guerra entre os mundos.

Jonas ao perceber de que se tratava de sua esposa, fez um pacto com seu sogro: ele deixaria Marli em paz e aceitaria sua alma, ao invés da dela, para se preparar para essa guerra. Jonas passou desde então a ser o guardião da noite, o sombrio servo que tinha fome e precisava se alimentar a cada 4 semanas, durante a lua cheia. Pecisaria ser discreto para que ninguém o descobrisse e assim, ele pudesse trazer ao mundo, a continuidade da linhagem.

- Então quer dizer que meu pai e você são lobisomens? Aquela coisa monstruosa la fora era meu pai? Meu Deus... meu Deus... meu filho... não.. meu filho não...

Marli saiu correndo, desesperada, deixando Jonas sozinho na casa... ela não tinha para onde ir, ninguém acreditaria nela, o que iria fazer, como iria fugir de todos eles?
Foi quando encontrou com aquele velho mendigo que lhe disse então:

- cuidado com seu filho
- eu já sei o que você quer dizer com isso, eu sei o que ele é!!! Disse Marli aos gritos aquele homem. - O que você quer que eu faça? que o mata também? NUNCA!!!

O velho e bom homem estendeu sua mão e lhe disse:
- mulher, você carrega no seu entre o filho do bem, o Messias. Você negou sua condição diabólica quando entrou na fase mais importante da sua vida, quando definiu seu caráter, e seu marido, abriu mão do direito aos céus em nome de seu amor por você, se colocando no seu lugar para que nada de ruim lhe pudesse acontecer... essa criança é pura, e será uma linda garotinha quando atingir sua idade crítica e assumir sua verdadeira identidade nesse mundo. Ela será o messias reencarnado e por isso é tão importante que você a proteja e cuide dela, pois somente o nascimento dela poderam garantir que a besta não continue sua linhagem, mas mesmo assim, será importante cuidar para que ele não a alcance depois do nascimento também. Aos 17 anos definimos quem somos e o que devemos realmente seguir. Se ele por acaso a pegar, todos seremos destruídos...

as lágrimas rolando dos olhos de Marli não puderam ser contidas... ela já não tinha mais força para andar quando ainda perguntou aquele homem como ele sabia daquilo tudo de como ele poderia afirmar aquilo tudo sobre seu bebê sem ao menos conhecê-la e ele lhe disse: - eu sei de muitas coisas, pois nada pode ser escondido de mim...

Marli caiu desacordada. Ao levantar-se, não viu mais aquele homem estranho e misterioso com quem conversara há pouco. Olhou ao seu redor e nada havia lá mais do que algumas luzes acesas ao longo da rua deserta e aquele velho ponto de ônibus solitário no caminho.

- Marli, era seu marido procurando por ela... - Marli, cadê você???

O vento soprou forte dessa vez, afugentando as nuvens e revelando o imenso luar de prata que se jogava do céu...
um uivo se fez ouvir forte ao longe... o medo que tomava conta do casal os impedia ao mesmo tempo, de se encontrarem... sem saber o que realmente deveriam fazer naquele momento...

o vento assobiava feroz enquanto a noite sombria caía sobre os dois...

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terça-feira, 7 de julho de 2009


A Descoberta de Marli - Parte II


Marli ficou espiando pela janela, mas não conseguia ver nada além de uma rua vazia e com algumas lampadas apagadas.
Foi quando Marli criou coragem pra ver o que acontecia la fora. Ao chegar à porta, deparou-se com Jonas, que stava horríel, muito sujo e ofegante. Marli não o esperava naquele momento e deu um grito. Jonas tentou acalmá-la, mas nada conseguia fazê-la se acalmar.
De repente, ouviu-se um tipo de uivo muito alto e muito próximo. Fez-se silêncio nesse momento. Os dois pararam imediatamente e quase que num impulso, Jonas soltou Marli e dirigiu-se à porta trancando-a. Marli continuava imóvel na sala, apreensiva.
Depois de lonos segundos, Jonas sem qualquer explicação, deixa Marli e sai, desaparecendo na rua.
A noite se estendia e Marli cansada, resolve deitar quando Jonas retorna, pior do que saíra.
Não restavam dúvidas de que Jonas tinha alguma coisa muito estranha a ver com aqueles sons horrendos que apavoravam a cidade. E porque será que jonas disse à Marli que nada lhe aconteceria? Como ele poderia saber disso?
Mesmo com todas essas perguntas na cabeça, Marli achou melhor esquecer por enquanto aquilo. Tomou seu calmante e foi pra cama. Melhor pensar nisso amanhã de manhã, resmungou ela caindo no sono.
Na manhã seguinte, nova notícia de ataque na cidade. Uma senhora que voltava da casa de umas amigas onde se reuniam pra jogar tranca, foi a última vítima.
Jonas não comentava mais sobre esse assunto com Marli.
Mais tempo se passou sem que se tivesse notícia de outro ataque qualquer. Marli ainda não entendia muitas coisas, mas também preferia se manter fora dessa conversa, fosse com quem fosse.
epois de algum tempo, Jonas e Marli já haviam voltado às boas e tud parecia ir muito bem, até que numa outra noite, Marli encontra naquele mesmo ponto de ônibus, o velho medigo que tempos atrás havia deixado uma pulga atrás da orelha dela, e ele diz pra que ela não se preocupasse com o marido, mas sim com seu filho.
Marli tentou perguntar aquele homem, do que ele estava falando já pela segunda vez, mas foi tudo em vão. O homem simplesmente a ignorou e foi embora, deixando-a com suas dúvidas. Dessa vez, Marli guardou esse segredo com ela, deixando de fora o seu marido.
Algumas semanas depois...
- Jonas, tenh que te dar uma notícia, mas não sei como você vai receber. Estamos grávidos!
Fez-se a luz nova na casa. Um bebê que enfeitaria aquela casa com muitas alegrias.
Embor aquela noite pertencesse somente aos dois novos papais, novamente se ouve aquele som pavoroso vindo de fora. Jonas se apressou em sair, deixando Marli co suas dúvidas e seu medo em casa. Apavorada, Marli enfrentou seu ódio e foi olhar pela janela, no canto da cortina. O que viu naquela noite foi algo tão pavoroso, que preferia nunca ter visto antes.
O medo do seu marido aumentou desesperadamente e quase que num ato psicótico, pegou algumas roupas e escondeu embaixo da cama para fuir de madrugada enquanto seu marido não acordava. Se apressou em deitar e fingiu que estava dormindo pra não ter nem que enfrentar Jonas depois do que vira. Assim o fez, e tudo corria bem no seu plano de fuga, mas quando ia saindo pela porta dos fundos, Jonas a surpreende. A discurssão foi inevitável e em meio a gritos, choros e empurrões, Marli não se contém e grita para Jonas:
- Eu sei o que você é e sei que tem alguma coisa a ver com aquele monstro!
Nesse momento, Jonas solta o braço de Marli, num ato como se aceitasse o que Marli lhe disse e entra em casa de cabeça baixa. Marli não consegue se controlar e segue Jonas.
Na sala, Jonas com as mãos na cabeça, chorando, diz à Marli:
- Você quer saber mesmo a verdade? Muito bem! Vamos a ela.

Imagem: http:\\www.fotosearch.com

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quarta-feira, 1 de julho de 2009

A Descoberta de Marli

Já era tarde da noite quando Marli deixou o escritório onde trabalha como secretária. Precisava chegar logo em casa para preparar a janta e esperar por Jonas, seu marido.
Era uma noite muito bonita e clara, apesar da hora. Ja passava das 22h e Marli esperava seu ônibus, como em todos os outros dias.
Mas de repente, um calafrio assolou Marli, que num impulso, olhou para trás. Viu uma sombra se movendo em sua direção. Apavorada, Marli tenta apressar o passo e chegar numa lanchonete que ainda estava aberta perto dali.
Quando ia atravessando a rua, olhando para trás, Marli se depara com um homem, muito sujo e vestindo trapos. O susto e a respiração ofegante não puderam ser controlados.
O homem se aproximou dela e lhe pediu um cigarro. Marli ainda estática diante do homem, nem conseguia lhe estender a mão em que segurava sua carteira de cigarros.
O homem perguntou novamente, Marli lhe sorriu se desculpando e num ato quase que desesperado, lhe entregou dois cigarros. Ao se despedir daquele estranho inusitado, o homem lhe falou: - deve se orgulhar dos seus filhos. Especialmente o mais novo.
E com essa frase, o estranho deixou Marli, assustada, desamparada, no meio da rua e confusa. Marli não tinha filhos!
De onde teria saído aquela ideia?
Ao chegar em casa, já muito tarde, Marli encontra Jonas na sala esperando por ela. Como de costume, Jonas se mostrou preocupado e perguntou a Marli o ue havia acontecido para ela chegar tão tarde. De nada valeu o esforço de Marli em fazer seu marido acreditar nela. Por mais compreensivel que Jonas fosse, isso já era querer demais dele.
Marli achou por bem tentar esquecer o acontecido. Vai ver Jonas estivesse certo e aquilo tudo na verdade, não passasse de uma ilusão ou confusão de mais um bêbado na rua.
O tempo passou e ja fazia meses do acontecido. Marli nem se lembrava mais daquela noite estranha.
Tudo ia bem até aparecerem várias notícias na tv e nos jornais sobre ataques não resolvidos a pessoas naquela região.
Não era comum aparecerem animais selvagens por ali.
Lendo uma dessas notícias no ponto de onibus, Marli ouviu um grito pavoroso vindo da outra rua. Seu corpo se gelou imediatamnte. Assustada, Marli não conseguia se mover. Por mais que aquela cena fosse assustadora, ela não conseguia ver direito o que estava acontecendo, até que a criatura se levantasse e olhasse diretamente para ela. Era uma criatura tão estranha que até Marli ficou com medo de pensar nessa hora. A criatura deixou o lugar correndo, mas Marli ainda pôde vê-lo voltando ao que seria sua forma humana.
Ao chegar em casa, foi prontamente recebida por Jonas que a levou até seu quarto e acolocou na cama.
Tentou acalmá-la ao máximo, até que ela estivesse quase caindo no sono. Ao sair do quarto, Marli abriu ligeiramente os olhos e percebeu no marido, uma pequena ferida nas costas, mas logo em seguida dormiu.
Na manhã seguinte, estava a notícia espalhada pela cidade. Mais uma vitma de ataque brutal não solucionado. Marli se apavorou ao ver a noticia na tv, mas Jonas se apressou em desligar a tv dizendo a ela que não era pra se preocupar, porque nada aconteceria a ela.
Esse foi o último ataque. Depois disso, passou muito tempo sem que se tivesse oticia de nada parecido. Tudo parecia ter voltado ao normal. Excet por Jonas que adoecera nesse periódo.
Marli continuava sua jornada de trabalho normal, mas sempre preocupada com Jonas.
Numa dessas noites, Marli chegou mais cedo em casa e não encontrou o marido.
No quarto, ela encontrou algumas roupas rasgadas e outras sujas... pareciam marcas de sangue.
- Deus, o que foi isso?
Exclamou Marli apavorada. Ouvira um som grotesco vindo da rua e foi para a janela tentar ver o que acontecia la fora.
Seria Jonas o lobisomem? Ou isso seria muito previsível?
Não perca o final dessa estória...